Thursday 7 January 2010

O Ano da Transição




O ano de 2010 será um marco importante e diria mesmo decisivo, para os monárquicos.
Ano de centenário da implantação da Republica, só poderá ser também, da afirmação dos monárquicos. Ano de grande responsabilidade para os convictos e conscientes. Ano também por tudo isso, de oportunidade. A grave crise económica e social, que não é importada, é sim, uma crise grave do regime político em que se foi afundando esta 3ª Republica. Uma crise de valores e de qualidade na participação política, que decorre da permissividade do actual regime. Uma crise do interesse e da motivação dos portugueses, que leva já muitos à resignação e à revolta. Uma crise do respeito do Estado e da Administração Pública, pelos portugueses. Uma crise da verdade, pois a mentira impera. O desemprego e a pobreza progridem. Apontam-se caminhos insustentáveis. Os nossos filhos e os nossos netos estão a ser comprometidos com esta crise, que é uma consequência da mentira, a que obriga o regime. Não há uma visão patriótica, nem afectiva sequer, para com os nossos filhos. Perdeu-se a dignidade humana, que foi arrastada pela ilusão, de uma vida colectiva acima das possibilidades. A República não tem dentro de si, já a capacidade de regeneração. Os partidos dominantes são meros clubes de interesses e perderam a sua identidade ideológica. Estão fixos nos pequenos problemas domésticos ou internos e estão comprometidos com a visão dos interesses particulares dos privilégios dos seus dirigentes. Não há uma proposta consistente que nos aponte um desígnio colectivo, unificador e motivador. Como se não houvesse alternativa ao pedir da esmola. A Alma portuguesa está acabrunhada, ela só pode ser recuperada através da esperança colectiva. Sem Alma um povo vegeta, abdica e acabará por sucumbir. Portugal tem uma História e os portugueses um orgulho próprio, a que há que responder. A doutrina e o objectivo monárquico são a resposta. Que pode recuperar a dignidade de um povo, e apontar os novos desígnios nacionais. A monarquia é também a única alternativa possível, que garantirá a democracia e as liberdades e direitos individuais e das famílias. Todas as outras alternativas serão inibições severas às conquistas, que originaram o sonho da liberdade. Portugal tem enormes potencialidades de futuro. Tem inúmeros projectos que nos assegurarão a continuidade da nossa independência e soberania e que nos trarão a riqueza. Cinco milhões de portugueses estão espalhados pelo Mundo. A sua afectividade, o seu patriotismo, poderia ser o instrumento motivador, para o investimento das suas poupanças em projectos de desenvolvimento económico em Portugal. É no mar e na exploração marítima que estão as reservas e as oportunidades do futuro. Portugal é o maior país da Europa, pois é aquele que tem a maior Plataforma Continental Marítima. Podemos ser autónomos em energia, se aproveitarmos o metano submerso e a energia das ondas do Atlântico. Mas muito mais nos pode proporcionar o mar, desde que nele queiramos apostar e nele investir. A Lusofonia representa um enorme potencial de afirmação portuguesa e uma infinita oportunidade de riqueza. Estamos fixos e condicionados pela exclusiva perspectiva Europeia. A nossa participação na União Europeia em nada colide com o facto de termos outros caminhos e avançarmos para outras oportunidades. Tem sido mais fácil, pedir a esmola e construir com o cimento armado, que os outros nos vendem, para manter as suas empresas a funcionar. Foi útil, mas é hoje, manifestamente insuficiente. É preciso recuperar Portugal. A Alma, a confiança e o entusiasmo do seu povo. Só com um Chefe de Estado, símbolo da história, independente dos interesses e livre dos compromissos partidários, se poderá voltar a olhar para outros projectos e assumi-los como desígnios nacionais. É preciso recuperar que uma Nação, não é uma noção do passado, mas sim uma oportunidade de afirmação e de riqueza de futuro. Isto é uma tarefa, que só um Rei pode fazer. A doutrina monárquica tem hoje esta oportunidade de afirmação. Portugal precisa da doutrina monárquica, como instrumento da sua própria salvação. A Monarquia é a solução de mudança, pacífica e que preservará a liberdade. O ano de 2010, será historicamente o momento em que os portugueses entenderam a sua mensagem regeneradora, ou aquele em que se deixaram afundar na ilusão. É sobretudo dos monárquicos e das suas organizações que dependerá, essa definição, para registo histórico futuro. Por Portugal, pela Transição para a Monarquia.

José J. Lima Monteiro Andrade

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