Tuesday 1 December 2009

Mensagem de S. A. R o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança

MENSAGEM 2009
D. Duarte Pio de Bragança




Portugal atravessa uma grave crise económica com reflexos políticos e sociais preocupantes. A crise financeira e económica internacional não constitui justificação suficiente para o estado em que se encontra o País: torna-se evidente que, quando esta se desvanecer, a crise estrutural interna permanecerá.O País está doente e maltratado. Adivinham-se tempos difíceis: as instituições do Estado estão fragilizadas; o desemprego aumenta e a pobreza alastra; o sistema educativo tem sido contestado por alunos e professores ; a insegurança, a criminalidade organizada – violenta e económica – e a corrupção, multiplicam-se; o poder judicial está ameaçado por falta de meios materiais e por legislação absolutamente desajustada das realidades. Nunca é demais relembrar que, onde não há Justiça, não há Democracia.São muitas as vozes autorizadas e insuspeitas – como as da Cáritas e da AMI – que têm vindo a alertar para a vergonha da pobreza estrutural que existe no nosso País – acima dos 40%. De facto, se não se agir agora, as gerações futuras não nos perdoarão!É chegado o momento de olharmos para o nosso Portugal tão desaproveitado nos seus recursos materiais e sobretudo na capacidade das nossas gentes, particularmente no interior onde me desloquei emnumerosas visitas a convite das Câmaras Municipais, tendo compartilhado as alegrias e preocupações de populações tantas vezes esquecidas.Saibamos apoiar as organizações de voluntários que generosamente trabalham para resolver os problemas, desde as mais antigas, como as Santas Casas da Misericórdia, até às mais recente, leigas ou religiosas. Torna-se imperioso que o Estado colabore melhor com elas em vez de desperdiçar recursos e prejudicar o que temos e fazemos de bem. Temos de nos lembrar que tudo o que o Estado gasta é pago por nós ou será pago pelos nossos filhos…Saibamos defender o equilíbrio do meio ambiente e da nossa paisagem humanizada, temas em que, desde sempre, me tenho empenhado e que necessitam do envolvimento de todos.Saibamos lutar pela promoção da Lusofonia e solidariedade entre os países membros da CPLP, como uma causa de importância decisiva do nosso futuro comum. Quero saudar o Brasil, terra da minha Mãe, onde a acção determinada do Presidente Lula da Silva tem possibilitado o estreitar das relações especiais que sempre existiram com Portugal.Com a União Europeia temos um válido projecto político e económico comum, mas falta-lhe uma “ alma “, porque, infelizmente, quem decidiu recusou-se a reconhecer a matriz cristã da nossa cultura…Mas é na Comunidade Lusófona que encontramos “a nossa família”, e os laços de família são mais fortes do que os interesses económicos, são de natureza afectiva. Mas nunca esqueçamos que, se não forem devidamente cuidados, o mais certo é desaparecerem…Saibamos preservar instituições fundamentais da Sociedade como a Família. Esta, como outras, está sujeita a um desgaste sem precedentes visando a sua dissolução.Ela é, na verdade, a base da construção de uma sociedade fortalecida no espírito de entreajuda, respeito pela vida humana e formação responsável, valores que, só no seu seio, são susceptíveis de ser naturalmente assimilados. Só por esta via, sairá reforçada a liberdade de consciência que permitirá, a cada um e a todos, resistir, preservando-a das crescentes tentativas abusivas de ingerência externa que pretendem impor novos conceitos de “família”.É na Família, e não pelo Estado, que já hoje – e como o futuro próximo se encarregará de demonstrar – se desenvolve incondicionalmente o verdadeiro espírito de solidariedade para com os seus membros mais necessitados, seja na doença ou na pobreza.É na Família que se constroem os alicerces de educação, respeito e disciplina, tão necessários à organização social, relativamente aos quais o Estado só consegue desenvolver acções complementares e pontuais.Tudo isto porque a vida social autêntica e equilibrada tem início na consciência individual que cada um vai formando no seu próprio ambiente familiar.Chegou a hora de acordar as consciências e reunir vontades para levantar Portugal, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse.O futuro de Portugal tem de ser encarado com esperança assente num projecto para o País tal como fez, há seis séculos e no auge de outra crise, o nosso maior herói, D. Nuno Álvares Pereira.O Condestável Nun’ Alvares colocou convicta e corajosamente, num invulgar espírito de serviço, todo o seu talento, competência e generosidade na defesa da independência e da identidade nacional, cujo projecto foi transformado num ideal grandioso de Pátria e de Missão o qual, pouco tempo depois, permitiu abrir “ novos mundos ao Mundo”.O seu exemplo de abnegação, coragem na luta pelas suas justas convicções e amor por Portugal, deverá ser fonte de inspiração para todos os Portugueses, como felizmente parecem comprovar as inúmeras manifestações civis e militares que, espontaneamente, têm surgido, de Norte a Sul, no País.Vem a propósito recordar a importância que o Condestável atribuía à liderança, disciplina e motivação nas Forças Armadas, e particularmente na formação cívica de jovens militares, numa altura em que o ColégioMilitar, a mais antiga Instituição Militar de Ensino da Europa é vítima de uma campanha de fins dissimulados. É bom realçar que, há mais de dois séculos, esta honrada e sólida Instituição tem formado gerações de jovens que vieram a prestar relevantes serviços à Pátria, quantas vezes com o preço da própria vida.Numa época conturbada como a que se vive hoje em Portugal, prepara-se, com grande despesismo, a comemoração, em 2010, do centenário da República.Tratarei desse tema em ocasião mais apropriada. Apenas saliento que a actual “terceira República“,de constituição Democrática , é bastante semelhante à Monarquia vigente em 1910. A diferença maior está na Chefia de Estado, de eleição periódica por sufrágio universal, na República, e de permanência vitalícia na Monarquia, salvo no caso dos Portugueses, democraticamente, num caso extremo, promoverem a substituição do Rei .Eu não duvido que uma Chefia de Estado independente dos poderes políticos e económicos, livre de pressões, respeitadora das instituições e defensora do seu correcto funcionamento, alheia a querelas partidárias e a favoritismos, preocupada com o longo prazo e não com imediatismos influenciados por calendários eleitorais é o complemento fundamental que a Monarquia pode oferecer a um Estado moderno.Não é por acaso que, as Democracias mais desenvolvidas e estáveis da União Europeia são Monarquias.Em vários países do Norte da Europa ouvi destacados políticos afirmarem que “vivemos em República, mas o nosso Rei é o melhor defensor da nossa República”. Chegou o tempo de os portugueses pensarem com coragem e em consciência se, o que se entende por República, não seria melhor servida por um Rei?Estou convicto que saberemos encontrar o nosso caminho, discernindo as nossas prioridades, e encontrando pacificamente, as melhores soluções para o verdadeiro progresso do País.Apelo a todos, autoridades e políticos, autarcas eleitos, empresários, agricultores, profissionais do sector público ou privado, apelo aos que se vêm no desemprego, aos estudantes e reformados, apelo à Igreja e aos cultos confessionais, aos que emigram e imigram, que ponham as suas capacidades ao serviço de Portugal.É tempo de solidariedade, é tempo de acção e de esperança num futuro melhor para as gerações dos nossos descendentes.Servir Portugal, estar próximo dos portugueses, essa foi a Herança que recebi e que aqui uma vez mais assumo, e que, com a minha Mulher, também transmitirei aos nossos filhos!
Viva Portugal!
30 de Novembro de 2009

Monday 30 November 2009

Aclamação de D. João IV


Naquela manhã de 1 de Dezembro, muito cedo, dirigiram-se os fidalgos e os seus criados, todos bem armados, ao Paço da Ribeira, aonde rompendo por ele dentro, entraram nos aposentos da princesa regente, a vice-rainha Margarida Gonzaga, duquesa viúva de Mântua, prima do rei Habsburgo, que facilmente dominaram, passando a procurar então a Miguel de Vasconcelos, o português traidor secretário de Estado, aliado do valido castelhano Olivares no seu recente projecto de anexação de Portugal e outros reinos a Castela, no quadro de uma centralização à francesa, inspirada no modelo de Richelieu, que desejava aplicar à multifacetada monarquia hispânica filipina em bloco.
D. João IV chegou a Lisboa na noite de 6 de Dezembro. Nos dias seguintes houve festejos, procissões e iluminações públicas. Enquanto se preparava a cerimónia da aclamação, o rei ocupava-se a nomear embaixadores, que deveriam partir a fim de que os países estrangeiros reconhecessem a alteração dinástica em Portugal, e generais, que deviam encarregar-se da defesa das fronteiras e dos portos.
Em 15 de Dezembro de 1640, D. JOÃO IV foi finalmente aclamado Rei de Portugal. A cerimónia decorreu num grande teatro de madeira armada, revestido de preciosos panejamentos, contíguo à engalanada varanda do Paço da Ribeira, e com ela comunicante. Varanda pela qual saíu o novo rei em complicado e demorado cerimonial hierárquico para o Terreiro defronte aonde, diante da Nobreza, do Clero e do Povo de Portugal, jurou manter, respeitar, e fazer cumprir os tradicionais foros, liberdades e garantias dos Portugueses, violados pelo seu antecessor estrangeiro.

In Wikipédia
Guerra da Restauração


Em 12 de Outubro, em casa de D. Antão de Almada, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.
No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal.
Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.
O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas, assinando o tratado de paz definitivo em 1668. Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa.
Paralelamente, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, como também de Angola e de São Tomé e Príncipe (1641-1654), restabelecendo o poder atlântico português. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo. Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a só obter lucro com a cana-de-açúcar do Brasil.
In Wikipédia

Wednesday 18 November 2009

O Movimento de Restauração da Monarquia



A Instituição Casa Real e o seu Chefe D. Duarte Pio de Bragança, ao terem condições de exercício das suas funções, criam uma dinâmica da restauração.O Movimento unificador surgirá, com um objectivo político, sustentado pela credibilidade de um discurso, da presença activa na sociedade da Família Real, em sintonia com o crescente sentimento monárquico popular.O Movimento de Restauração, não é assim nenhuma estrutura orgânica em particular, mas essencialmente uma crescente onda de motivação monárquica.A Instituição Casa Real motiva, a população responde e organiza-se.A Instituição Casa Real, não pode impor, nem privilegiar essas diferentes formas de organização, da resposta popular.A Instituição Casa Real, responde à adesão, às novas motivações e ansiedades. Unifica e coordena.O Movimento de Restauração, não é assim nenhuma estrutura única, nenhuma organização pré-concebida, mas o somatório das respostas da sociedade civil, à atitude e à mensagem política da Instituição Casa Real.O Movimento de Restauração, não dispensa nenhuma Organização existente, nem nenhuma das que venham a surgir.Estas Organizações são os instrumentos da mobilização e da acção.Como outros instrumentos terão de ser criados ou utilizados, como Jornais, Internet, Televisão e Rádio…A Unificação do discurso, da estratégia, da acção, da atitude e até da mentalidade, é tarefa exclusiva da Instituição Casa Real.Os únicos Porta-vozes do Movimento de Restauração, são aqueles que merecem a confiança e a delegação dessa responsabilidade, do Chefe da Casa Real.Todas as Mensagens, toda a Imagem, é uma consequência da responsabilidade exclusiva da Instituição Casa Real.Como o Movimento de Restauração, não é nenhuma estrutura orgânica, ele permite e estimula, uma enorme variedade de outras formas de participação e afirmação monárquica. Ou seja, a indispensável afirmação generalizada, que viabilizará o seu objectivo.Assim a Causa Real e as Reais Associações serão reconhecidas pelo seu trabalho no passado e continuarão a ter uma importância decisiva no futuro. Assim, os outros Movimentos se sentirão motivados porque encontrarão eco, na sua determinação. Temos todos de assumir, que é pela generalizada motivação, que o objectivo da restauração poderá ser viabilizado.Por isso novos Movimentos ou Núcleos, formais ou informais, pequenos ou grandes, sectoriais ou profissionais, regionais ou locais, terão de ser enquadrados e estimulados.A Unidade, é garantida pelo objectivo, pelo discurso único, pela estratégia, pelo dinamismo, pela convicção no ideal, pelo reconhecimento da Instituição Real.A Instituição Casa Real, tem assim de ser construída numa perspectiva mais abrangente do que a já de si complexa função de permitir e apoiar a função da Família Real. Ela terá de ser pensada e funcionalmente instituída, como a entidade unificadora e coordenadora de todo o Movimento de Restauração.Que esta proposta seja ponderada, discutida ou criticada…não é apenas um desejo de um convicto monárquico é uma expressão de uma profunda ansiedade, de quem tem a experiência de uma vida de luta política e social.

José J. Lima Monteiro Andrade

Monday 16 November 2009

A controvérsia do Referendo ou uma Estratégia consistente.

Tem sido um argumento Monárquico : A República nem sequer aceita um Referendo, este é um défice Democrático do actual Regime.Argumento sem qualquer consistência e que coloca os Monárquicos numa situação de fragilidade de coerência ideológica e de ingenuidade política, que não contribui minimamente para a credibilização indispensável do seu ideal.Sem consistência : Qualquer regime tem de se auto-preservar. Caso contrário a sua Constituição é permissiva à total instabilidade, o que a ninguém de bom senso pode desejar. Tomemos como exemplo o mais favorável aos Monárquicos. Haveria um Referendo em que maioritariamente a votação daria a sua vitória. O Rei seria Aclamado, uma nova Constituição seria feita. O novo Reino ou Regime Monárquico, das duas uma, ou mantinha a permissividade ao Referendo para manter a coerência que permitiu a sua constituição ou inibia novos Referendos e abandonava a sua coerência. Para manter a coerência teria de ficar permissivo a novos referendos e originar a total instabilidade ou seja a alternância entre Monarquia e Republica. Não creio que isto seja aceitável. Se a nova Constituição voltasse a impedir novos Referendos então tudo não tinha sido mais que uma enorme mentira e teríamos não um Reino credível, nem um Rei aceitável, porque era um mentiroso.A Coerência ideológica : -Um Reino é uma herança histórica de um povo. O Rei a sua expressão viva. Uma herança não deve levar-se a votos, deveremos cuidar dela com honra, orgulho e dedicação. Por isso não entendo como podem ser os Monárquicos a propor tal via para a restauração do Regime Monárquico.- A República tem como princípio essencial, ser o Regime maioritariamente escolhido pela população. Ou seja o seu princípio básico, a sua razão de ser, é “Legitimidade democrática”. Caso contrário passa a ser uma ditadura, mesmo que se continue a apelidar de republicana. Uma República só é legítima, segundo os seus próprios princípios, enquanto for periódica e expressamente a vontade da maioria do eleitorado. Deixará por consequência de o ser se a maioria do eleitorado não votar numas eleições Presidenciais. Nenhum Presidente da República pode assumir a sua legitimidade, se houver uma abstenção superior a 50% do eleitorado. Se este Presidente assumir como válida e legal a sua votação, ele assume a sua vocação de ditador.A ingenuidade política: A 3ª Republica fixou-se na dominância de apenas alguns partidos, que se preservam numa Oligarquia, que está perfeitamente consolidada Constitucionalmente. Qualquer modificação, de qualquer alínea da Constituição, terá de ter o apoio de pelo menos 2/3 dos deputados destes partidos. Acreditar que estes partidos dominantes, aceitem mudar o princípio que preserva o Regime, de que são os exclusivos protagonistas é uma ingenuidade inócua e que origina a total descredibilização dos monárquicos aos olhos do povo, dos partidos e dos juristas ou constitucionalistas. Acreditar que os Monárquicos irão dominar esses partidos, de forma a alterar as suas posturas, é uma ingenuidade ainda maior. O risco do Referendo: Se um referendo não for favorável aos Monárquicos, passarão estes a considerar irremediavelmente perdido o Reino e o Regime Monárquico? Esta questão é particularmente importante colocar aos Monárquicos coerentes. Será para eles aceitável correr tal risco? Aceitam colocar a herança histórica nesta posição de risco e de fragilidade? Em nome de quem? Do Povo que mantém o sentimento monárquico? E qual a alternativa que restará a esse povo que manterá esse sentimento monárquico? Porque entendem os Monárquicos, que podem defender uma tese, que poderá nunca vir a ser aceite pelo povo? Talvez porque se esquecem, que a herança não é das elites, mas sim de toda uma população e não apenas dos que vivem no território, mas também de todos os outros, que estão espalhados pelo mundo fora.Então qual a alternativa de via para restaurar a Monarquia? Qual a estratégia?Esta é a resposta que falta consensualizar, para dar consistência e credibilidade ao Movimento Monárquico português.Duas teses já foram colocadas à consideração…mas parece que ninguém as quer considerar. Também é preciso perguntar… porquê?A primeira pelo Dr. Manuel Abranches do Soveral, no seu manifesto Monarquia do século XXI, que estranhamente não foi generalizadamente divulgada pelas Organizações Monárquicas e ao que sei apenas o IDP a publicou.A segunda por mim próprio, porque considero a tese do Dr. Manuel Abranches um extraordinário exercício de lógica de raciocínio, aproveitável em muitas das suas bases, premissas e propostas, mas com o senão de se me apresentar como uma utopia. Esta minha tese, é apenas a síntese da coerência, dos princípios monárquicos e republicanos, associada á dinâmica actual das circunstâncias políticas favoráveis e ainda á premissa de nunca pôr em risco o Reino de Portugal e a possibilidade de restaurar a Monarquia:- Aos Monárquicos não compete porque não é um seu princípio, defender o referendo, nunca o deverão fazer, mesmo que seja o regime republicano a propô-lo em desespero de causa.- Aos Monárquicos compete assumirem-se como uma oposição ao Regime republicano, de uma forma forte, dinâmica, activa e consistente no discurso e nos actos. A coerência e a consistência dos Monárquicos organizados como força de oposição á República é essencial, de forma a nunca caírem na especulação da crítica republicana, de que estão a agir de uma forma que põe em causa os interesses nacionais e o prestigio como país, muito menos em atitudes e acções.- Esta capacidade organizativa é a prioridade entre todas e de grande urgência. A actual estrutura da Causa Monárquica e reais Associações, não tem esta postura e afirmam-se exclusivamente numa acomodação, que urge alterar ou substituir.- Os Monárquicos precisam urgentemente de se consensualizar sobre a forma de alcançar o seu objectivo e depois motivar pela acção e divulgação, o sentimento popular e liderar a unificação de todas as ansiedades.- A consensualização da forma de alcançar o objectivo, só pode ter em consideração a actual dinâmica política e contribuindo para que ela seja favorável, ainda mais. É acentuando a dinâmica da Ilegitimidade da República. Ela está já totalmente dependente do voto dos Monárquicos. Se os Monárquicos quiserem e assumirem que têm capacidade organizativa e suficiente consistência para assegurar a fase seguinte, podem levar a que nas próximas eleições presidenciais, a Republica passe a ser um Regime não legítimo. Basta fazer contas simples e uma projecção, com uma base científica rigorosa.O Objectivo político do Movimento Monárquico só pode ser o de criar uma dinâmica de oposição, respondendo a todo o actual descontentamento e servindo como seu pólo aglutinador, ao nível superior do Estado e não partidário, como mensagem de esperança, que leve ao abstencionismo, nas próximas eleições Presidenciais. Alcançado a Ilegitimidade da Republica, ou entraremos numa nova Ditadura ou será a própria República, através dos seus partidos dominantes, a alterarem a preceito constitucional e a proporem ao então já forte Movimento Monárquico,, o referendo. Este referendo será a forma desesperada como a República se tentará preservar, mas nunca proposto pelos Monárquicos.A tese do referendo sobre o regime, é uma tese Republicana, que irá acontecer no momento próximo, a seguir às eleições Presidenciais, se os Monárquicos quiserem e se organizarem.A tese do referendo, sempre se me apresentou, como uma desculpa dos Monárquicos para a sua acomodação. Mas hoje o momento histórico não é para os acomodados, essa elite que está acomodada não pode mais liderar a esperança, porque tem de responder ao anseio de mudança, da maioria do povo português. Foi o povo que contra todos os estrangeirismos preservou a sua identidade, os bons costumes e as tradições. É com ele e não com elites acomodadas, que teremos de contar.Resta a questão mais difícil. Tudo isto tem de ter uma Liderança. O herdeiro vivo do Reino de Portugal e da nossa honra e orgulho histórico, tem de nos dizer o que pensa. D. Duarte III, é indiscutivelmente o nosso Rei.É a ele que compete a palavra que todos seguiremos, ou acreditando ou resignando. Ele tem esta responsabilidade. Neste momento histórico, que é um momento de grande ansiedade de uma parte substancial dos portugueses, de aflição e desespero de muitos, é o momento de ouvir a palavra definitiva e essencial.
Almeirim, 29 de Agosto de 2009
José J. Lima Monteiro Andrade
5 de Outubro
Monárquicos desafiam República a um referendo








Em pleno dia de comemoração da República, um grupo de monárquicos lançou um desafio ao regime: quer uma alteração da Constituição, que permita a realização de um referendo. Os republicanos rejeitam o desafio, garantindo que a República é pacífica em Portugal. E o PS já diz que não muda nada.
Esta madrugada, já em pleno dia de comemoração da República, um grupo de centenas de monárquicos desembarcou simbolicamente perto do Terreiro do Paço, correu em direcção ao Largo Camões, hasteou a bandeira da Casa Real e pediu que se abrissem as portas à realização de um referendo, em Portugal, à República.
O desafio foi preparado com máxima discrição e teve de contornar vários obstáculos, explicou ontem ao DN - ainda antes da iniciativa - Paulo Teixeira Pinto, o ex-governante e ex-presidente do BCP, que agora lidera a Causa Real.
Os obstáculos começaram no sábado, quando o grupo (estavam previstos 500 defensores da causa) recebeu a informação de que não poderiam desembarcar, como o rei D. Carlos há 101 anos, no dia do regicídio, no Terreiro do Paço, mas apenas no Cais do Sodré. Continuaram com um aviso: de que a bandeira monárquica não poderia entrar a bordo - o que não impediu ninguém, nem o próprio Teixeira Pinto, de a usar, assim como de ostentar as T-shirts a dizer "Eu quero um Rei". No início da iniciativa, tudo corria como previsto, com a polícia a acompanhar o grupo.
Mas a aventura nocturna era só simbólica. Antes de entrar no cacilheiro que o levaria ao Cais do Sodré, Paulo Teixeira Pinto garantia ao DN que a sua luta, a da monarquia, "é política". No discurso que preparou para fazer, de uma varanda do Largo Camões, constava uma exigência bem definida: "Queremos suprimir a cláusula da Constituição que diz ser irremovível a República como base do sistema político português."
A questão é polémica. Teixeira Pinto diz que "só" quer trocar a palavra "República" dessa alínea constitucional pela palavra "democracia" - alegando que essa, sim, é a base do sistema político nacional. Porém, a ser aceite pelos deputados, a alteração permitiria um outro passo, que constitui o verdadeiro objectivo da acção desta madrugada: "Fazer um referendo" à República - que hoje faz 99 anos de existência.
A guerra é política e os monárquicos sabem disso. Mas não partidária, alegam. "Eu sou monárquico e nunca votei no PPM", garante. Mas o certo é que, para atingir os objectivos, ela terá sempre de contar com apoio nos partidos.
Agora, depois do discurso - que diz ser o "primeiro passo" de uma luta que quer levar até ao fim - Teixeira Pinto quer que a sua Causa Real vote o passo seguinte: levar ao Parlamento uma proposta, para que lá se discuta a mudança constitucional. É que a legislatura que começa agora é de revisão. E as novas regras da Assembleia já permitem que um grupo de cidadãos apresente propostas para votação.
Porém, nada indica que a iniciativa tenha sucesso dentro de São Bento. Vital Moreira, deputado da Constituinte de 1975 e fiel a José Sócrates, é taxativo na rejeição da proposta. "Ninguém vai mexer nisso. E, em matéria de divertimento, já vi melhor."
À previsível resposta, Teixeira Pinto recorda um debate, na RTP, onde esteve com António Reis e Medeiros Ferreira, dois republicanos e socialistas que, garante, admitiram que a cláusula não fazia sentido, admitindo mudá-la. Ontem, em declarações ao DN, Medeiros Ferreira admite recordar-se desse debate, mas não do "compromisso". "Os monárquicos tiveram uma oportunidade de ouro para participar nessa discussão em 1975, mas afastaram-se. Hoje, essa não é uma questão pendente", remata o ex-deputado.
Na próxima bancada socialista, de resto, reina a desconfiança face à proposta. "A República é um caminho adequado", diz Ricardo Rodrigues. E se a proposta chegar mesmo a São Bento? "São precisos dois terços dos deputados para a aprovar", recorda o socialista.
Se a ideia ficar pelo caminho, o referendo ao regime fica excluído. Mas Teixeira Pinto promete não desistir. Este ano, promete várias acções "surpreendentes". E já se prepara para, de hoje a um ano, contar quantos republicanos e quantos monárquicos estarão nas respectivas cerimónias.

por David Dinis05 Outubro 2009,
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1381537

Friday 13 November 2009

INSTITUIÇÂO CASA REAL
Nenhuma Instituição pode exercer a sua função sem ter as condições adequadas.A função da Casa Real Portuguesa é de uma transcendente importância política e patriótica no actual momento histórico.Essa importância, já seria indiscutível, mesmo sem o assumir do objectivo da restauração do Regime Monárquico, mas perante esse objectivo e a sua oportunidade de concretização, passa a determinante.A imagem que passa e que se generalizou, da Instituição Casa Real, é a da carência de condições.No debate monárquico, essa é a justificação, para a desmotivação, para a ausência de coordenação e para a inércia.Desta justificação, resulta uma penalização gravíssima, que recai sobre toda a Família Real e em especial sobre a personalidade de D. Duarte Pio de Bragança.Uma situação insustentável e lamentável.A sujeição da Família Real e de D. Duarte a esta imagem pública, resultado da ausência de condições, deveria ser a principal preocupação de todos os monárquicos.A carência e inconsistência orgânica da Instituição Casa Real, é uma prova da incoerência dos monárquicos portugueses e da sua descrença.Criar uma Instituição Casa Real, dota-la dos meios necessários, é assim a prioridade. A Família Real é a referência essencial para todas as famílias de um povo.A Família Real é a referência essencial para os valores a defender e a preservar.A Família Real é a referência essencial para os problemas que afligem e preocupam a sociedade.A Família Real é a referência para o nosso orgulho e para a nossa distinção.A família Real é a garantia da união de um povo e a referência da sua história.A Família Real é a garantia de unidade e dos desígnios no futuro.Não assumir toda esta importância é apenas e simplesmente, abdicar da sua função.A Família Real portuguesa não pode abdicar, porque Portugal precisa dela.Esta exigência monárquica e de muitos patriotas, mesmo não monárquicos, tem de ser ouvida, tem de ser resolvida.D. Duarte, não pode mais sujeitar-se a ser uma figura insípida da nossa história, mas compete aos monárquicos e às suas Organizações, oferecerem-lhe as condições indispensáveis para que a sua vocação, a sua obrigação, a sua vontade, se possa exprimir.Portugal precisa de D. Duarte, precisa de D. Afonso seu filho e todos os portugueses precisam deles.Ser monárquico não é aplaudir ou bajular, é uma afirmação na sociedade, uma postura permanente. Esta também é uma exigência essencial, que deverá generalizada como mentalidade monárquica.O serviço público da Família Real, é um acto político, que tem de ser entendido, como a mais importante das acções permanentes da sociedade portuguesa.A Família Real está impedida de exercer este serviço público.A imagem de D. Duarte foi enormemente desgastada pela ausência das suas condições para o exercício das suas funções históricas e políticas.Não sabemos, não é dada nenhuma indicação, sobre a formação e educação do Príncipe das Beiras, seu herdeiro. A educação e formação de um Príncipe é uma questão de Estado prioritária nas monarquias e deveria em Portugal, ser uma questão prioritária da preocupação monárquica.Um Príncipe é uma figura pública, desde o dia que nasce. A sua educação não é uma matéria exclusiva de seus pais, mas sim da Instituição Casa Real e de toda a população.Um Príncipe Moderno, simpático, culto, mundano, desportista, interessado e participativo, nos fenómenos sociais relevantes é um objectivo e esperança essencial.A juventude portuguesa precisa de uma referência assim…Tudo isto é função da Instituição Casa Real.

Almeirim, Novembro de 2009-11-13
José Andrade

Sunday 8 November 2009

velocidade máxima,
segurança máxima


Você sabe o que a NASA e a ESA (Agência Espacial Europeia) fazem para evitar situações críticas nos seus sistemas informáticos? E o que o metro de Londres ou os Caminhos de Ferro da Holanda, Noruega, Finlândia e da Dinamarca fazem quando querem software de gestão ferroviária?
Eles vão para as empresas Portuguesas.
A Critical Software é uma referência mundial no desenvolvimento de sistemas de informação críticos. Enquanto isso, a SISCOG continua a atrair no mundo clientes mais exigentes.
Cientista portuguesa descobre transístorde papel e electrónica transparente



Elvira Fortunato, cientista portuguesa de micro-electrónica, e a sua equipa de investigadores do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) – da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa– desenvolveram, pela primeira vez em todo o mundo, um dispositivo electrónico, à escala nanométrica, integrado numa camada de papel. O invento, a que chamaram "transístor de papel", valeu-lhes prémios, atestados de sucesso de laboratórios de referência em todo o mundo e um louvor por unanimidade na Assembleia da República.Muitas poderão ser as aplicações desta invenção, como o desenvolvimento de papel "inteligente", aplicações médicas, chips de identificação e até ecrãs de papel. "O transístor é a unidade de base para fazer qualquer cosia", explica Elvira Fortunato.Uma outra experiência bem sucedida do grupo aconteceu com um vidro transparente. Através de um LED (uma lâmpada electrónica), instalado numa superfície de vidro, foi possível acender novamente uma luz com recurso a uma bateria, sem fios ou interruptor."Podemos falar de electrónica transparente, os vidros estão cheios de circuitos integrados e não os vemos", segundo a investigadora. É o primeiro passo para criar janelas com imagens que podem mudar sucessivamente, mas que continuam a ser janelas, isto é, a deixar passar a luz.Trata-se de uma "electrónica reciclável" (pois o mesmo material usado numa folha de papel pode ser novamente usado numa outra folha), mais barata e mais “amiga” do ambiente, rivalizando com as mais avançadas tecnologias actuais.




Em No Feminino no Negócios,

Wednesday 28 October 2009

Respeito pelas Bandeiras


O elogio
aos Monárquicos convictos



e Carlos Canelas, entendemos lançar juntos, uma Petição aqui no Facebook. “ Real Presença de D. Duarte e seu filho D. Afonso, no jogo da Selecção Nacional, no dia 14 de Novembro, no estádio da Luz”Pensávamos que todos os monárquicos corresponderiam com naturalidade e com entusiasmo a esta Petição, que pela sua lógica, deveria ir de encontro à vontade de todos.Pensávamos que estávamos a dar um contributo positivo.Foi porém espantosa e surpreendente a reacção de muitos monárquicos sobretudo de alguns que ocupam posições de relevo e de responsabilidade.Surgiu então uma verdadeira campanha, na tentativa de travar a adesão monárquica a esta iniciativa.Os argumentos eram lamentáveis… e sobretudo ridículos.Não podemos assistir a um jogo de uma selecção que se veste de verde e encarnadoA selecção é republicanaO futebol é o ópio do povo, uma forma de alienação e D. Duarte não pode patrocinar isso.É uma inconsciência colocar a segurança de D. Duarte em risco.Os monárquicos ainda não perceberam, em particular os que assumem papeis de relevo e de responsabilidade, que ao transmitir publicamente esta imagem, estão a transmiti-la também para D. Duarte de quem se dizem apoiantes e também a colocar-nos a todos nós no mesmo cesto podre.Não perceberam que há um ditado popular, que ninguém contesta, porque existe essa Sabedoria impar no povo português…” Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és “Por isso muitos não aderem porque têm uma outra mentalidade, uma outra postura de compreensão da sociedade moderna, uma outra capacidade de compreensão para com o Povo português e para com as suas ansiedades e problemas.O futebol não é hoje o ópio do Povo, é uma das poucas alternativas de motivação e de expressão da paixão. A Selecção Portuguesa é a de todos nós portugueses e foi a mais recente motivação para a expressão do sentimento patriótico português.A bandeira verde e encarnada, é muito mais que um símbolo da República, e as minhas preferências estéticas ou de simbolismo, não podem levar a que eu me esqueça que há milhões de portugueses, que sob ela e a ela, juraram fidelidade e que há muitos que por ela morreram. Se queremos que respeitem os nossos simbolismos, teremos de respeitar sempre outros que ultrapassam em muito o mero Regime actual. Tentei compreender a razão pela qual as páginas monárquicas do facebook não aderiram á iniciativa…sempre a mesma postura… a ideia não foi nossa, portanto quem a teve que a divulgue e apoie. Um erro de atitude, muito típico, que por isso mesmo, não levo a mal, apenas lamento. Uma consequência de uma mentalidade que rejeito, porque não me identifico com ela, mas que sobre a qual nada posso fazer.Cheguei a ser acusado de inconsciente por uma Organização. Que Organização mais inconsciente e inconsistente…Enquanto a generosidade de cada um de nós e de todas as Organizações Monárquicas, não for a regra, nunca haverá a Unidade e muito menos a generalizada motivação.Tive toda uma trabalheira a responder em público, através de comentários e por mails a toda esta lamentável campanha de desmobilização. Não me interessa saber, muito menos acusar, se ela foi orquestrada por algum grupo, por alguma organização. Existiu e foi muito triste assistir à sua expressão pública. Um exemplo da mediocridade e de outras adjectivações de que nem sequer quero exprimir.Nesta tentativa de resposta acabei por deparar com um testemunho público de elevado significado patriótico e monárquico.Hélio Loureiro, fazia este sublime comentário…Sou Chefe de Cozinha da Selecção Portuguesa de Futebol á 12 anos. Eu como o meu querido colega que sempre me acompanha com a selecção, somos e seremos Monárquicos, existem muitos e bons monárquicos dentro da equipe das Quinas e não é a cor da bandeira que nos faz correr, mas antes o símbolo que no meio está e que são as armas da sereníssima Casa de Bragança e de que, D. Duarte é o legítimo Chefe.Com muita amizade e viva a Selecção Portuguesa de Futebol, viva o ReiFoi então que recebi um telefonema de José Tomaz Melo Breyner. Ele tinha tido a consciência, como nobre monárquico que é, do que estava em causa e informara D. Duarte sobre a Petição, que pretendia a sua presença. D. Duarte de imediato achou excelente a ideia e manifestou logo toda a disponibilidade e interesse em estar presente.


Obrigado José Tomaz. Obrigado pela atitude e pelo exemplo.

José Andrade

Monday 26 October 2009

Prefira Produtos Portugueses












































Marcas Desejadas



Você sabia que grandes celebridades

preferem vestir marcas Portuguesas?






O mesmo é verdadeiro para Fepsa,

fabricante de chapéus de feltro ou Vicri,

uma marca de roupa masculina escolhidos

por personalidades como Tony Blair,

o Rei de Espanha, e Bill Clinton.

Também é usado por celebridades como

Hugh Grant, Ben Affleck e Luís Figo.

E a lista continua:

Lanidor, Dielmar, Diniz e Cruz, Impetus, Salsa Jeans são algumas das marcas que você vai ouvir falar.

Monday 19 October 2009

Portugal uma Grande Nação, será no futuro próximo uma Grande País

As potencialidades de Portugal e as oportunidades portuguesas não se limitam ao estatuto de Estado da União Europeia. A Lusofonia e a nova Plataforma Continental dão-nos a exacta noção do erro que será não olharmos com sentido para estes novos horizontes.
Portugal tem de seguir o seu desígnio histórico, o Mar.
É na exploração marítima que está o futuro.
A apresentação por Portugal na ONU do projecto de Alargamento da Plataforma Marítima Continental, é desconhecido da maioria dos portugueses.
No entanto, ela representará um enorme passo para as potencialidades de Portugal e uma enorme oportunidade de futuro para a economia nacional.
A NOVA SOBERANIA
Portugal não tem apenas 92.083 Km2
É 15 vezes maior. O maior país da Europa.
A futura soberania portuguesa é sobre 1.600.000 Km2
As actuais explorações científicas nas " Fontes Hidrotermais dos Açores " colocam Portugal na vanguarda da investigação e exploração marítima.
Dessas explorações são espectáveis descobertas de produtos e micro-organismos essenciais para o avanço revolucionário da medicina e da indústria.
Mas tudo isto é timidamente divulgado
É assim um enorme contrasenso, como se a Passagem do cabo Bojador tivesse sido uma aventura insignificante.

Friday 16 October 2009

Bandeira monárquica de novo hasteada
2009-10-05
ISABEL TEIXEIRA DA MOTA





A bandeira monárquica foi de novo hasteada na sede da Causa Real. No dia em que se comemora o 99.º ano da implantação da República, os monárquicos iniciam simbolicamente a contagem decrescente para o centenário.
Desfraldar a bandeira azul e branca é só a primeira das iniciativas que a Causa Real, juntamente com outros grupos monárquicos, quer que marquem - de forma alternativa - o centenário da implantação da República. Mas não é a menos polémica.
Em Janeiro a Câmara de Lisboa mandou retirar a bandeira monárquica hasteada na sede da Real Associação de Lisboa por "não cumprimento dos regulamentos municipais".
Segundo disse ao JN o presidente da Causa Real, "não há fundamento legal para a decisão", uma vez que a câmara "invocou um regulamento referente a mobiliário urbano e publicidade e estes não se confundem com símbolos nacionais". "Não é uma guerra de bandeiras, mas não deixaremos que a retirem. Se a tirarem à força, nós pomos outra", declarou Paulo Teixeira Pinto.
Num ano que será marcado pelas iniciativas da comissão para o centenário da República, Teixeira Pinto pretende fazer uma campanha "pela positiva" pela restauração dos valores monárquicos em Portugal. A revisão da Constituição para permitir o referendo ao regime está no topo da agenda.
Ontem à noite estava previsto o embarque em Belém de 500 apoiantes da Causa num cacilheiro que os levaria ao Cais do Sodré (por a Transtejo ter impedido o desembarque no Terreiro do Paço) para uma homenagem ao rei D. Carlos, seguido do hastear da bandeira. "Não festejamos a República em si, festejamos a continuação de Portugal e a esperança do futuro que se chama restauração da monarquia", disse.




Em Jornal de Notícias,
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1381144
Portugal Peritos em Precisão


A procura internacional de máquinas "made in Portugal" (moldes, electrónica, componentes automóveis, equipamentos pneumáticos e hidráulicos, etc) continua a crescer e apoiar o desenvolvimento dos países em todo o mundo.

Você sabia que a máquina Portuguesa é No. 1 exportador?

Thursday 15 October 2009

Poder na palma da sua mão

Você sabia que foi Portugal que inventou cartões pré-pagos para comunicações móveis?


E que em Portugal você pode comprar um bilhete de cinema e escolher onde sentar - por telefone celular?


Mobycomp, Quadriga, Ydreams (criador de soluções tecnológicas para clientes globais como a Adidas, Vodafone ou Nokia) e, naturalmente, a Portugal Telecom, são as empresas mais inovadoras do mundo neste sector.

Rainha D. Amélia

Casa da Rainha em Versalhes

O rei a Rainha e o Princípe das Beiras










Tuesday 13 October 2009


Uma curiosa história real

A Casa da Rainha



A revolução republicana de cinco de Outubro de 1910 saiu vitoriosa.
Carlos Relvas em nome de todos os republicanos, da janela central dos Paços de Concelho, declarou unilateralmente a implantação da República em Portugal.
Os membros da família real tiveram de fugir para o exílio.
A ameaça dos republicanos obrigou a uma fuga que constitui uma mancha negra da História de Portugal.
Não tiveram os republicanos a postura de dignidade para com a família real portuguesa, que a ética e a tradição nacional impunha.
A família real portuguesa teve de embarcar na praia da Ericeira, numa embarcação de pescadores até ao iate Amélia, que os aguardava em alto mar.
É efectivamente uma página triste da história de Portugal.
Mesmo para um convicto defensor do sistema republicano de organização de estado, que tenha orgulho no seu país, na sua história, não pode deixar de ser chocante ver a fotografia daquele desfile pela praia rumo ao barco de pescadores.
À frente nesse desfile apoiada no braço do seu fiel servidor o Conde de Mesquitela, ia a Rainha Maria Pia, avó do Rei D. Manuel que fora deposto, depois a Rainha Dona Amélia sua mãe, seguidas da restante comitiva, onde se integrava também o jovem Rei.
Lá no alto e ao longo de toda a alta falésia o povo dizia-lhes adeus acenando lenços brancos. Muitos choravam.
No iate aguardava-os o Infante D. Afonso, Duque do Porto e tio do Rei deposto.
Aquela família era uma família destroçada.
Pouco mais de dois anos tinham passado após a tragédia do assassinato do rei D. Carlos e de seu filho, o Príncipe herdeiro D. Luís Filipe.
A euforia revolucionária não permitia a verdadeira expressão de angústia que tudo isto causava em muitas famílias portuguesas.
Triste país, que trata uma família assim.

Rumaram a Inglaterra, onde foram recebidos dignamente pelo Rei Jorge V, que tudo fez para os acomodar de acordo com o estatuto que tinham.
D. Carlos e Dona Amélia tinham um convívio muito próximo com a casa real britânica, tendo sido íntimos do falecido Rei Eduardo VII, que visitara também Portugal em várias ocasiões.
Esta ligação humana das personalidades reais, portuguesa e britânica já vinha da geração anterior, pois D. Pedro V, era primo e grande amigo do Príncipe Alberto marido da Rainha Vitória.
Ele e seu irmão Luís, o avô do agora Rei deposto, tinham inclusive tido uma estadia prolongada na corte britânica, após a morte de sua mãe a Rainha D. Maria II.
A intimidade era de tal forma que a rainha Vitória sempre chamou ao Rei D. Luís, não pelo seu nome, mas pelo diminutivo familiar de criança, Lipipi.

D. Afonso seguiu no iate Amélia para Itália com sua mãe, pois a rainha Dona Maria Pia preferiu ir para o seu país de origem, a Itália.
Foram recebidos pelo Rei Umberto II, irmão de Dona Maria Pia e instalados no Palácio Real de Roma.
Mas todos os acontecimentos graves porque tinham passado afectavam a saúde de ambos.
Dona Maria Pia que na época tinha apenas sessenta e quatro anos, tinha envelhecido subitamente desde a morte do filho e do neto primogénito, por quem tinha um muito particular afecto e também uma relação de grande proximidade.
Era agora com o exílio uma mulher completamente desmoralizada.
D. Afonso era um homem cada vez mais isolado. Apesar da insistência de seu tio o Rei de Itália para continuar a viver no Palácio Real, preferiu ir viver para Nápoles onde a família era proprietária de alguns palácios.
Escrevia regularmente a sua mãe, insistindo para que ela também viesse para Nápoles.
Dona Maria Pia, aconselhada pelo seu fiel Conde de Mesquitela, acabou por empreender essa viagem para se instalar próximo do seu único filho ainda vivo.
Mas as suas resistências e motivações de vida já eram ténues e acabou por morrer naquele ano de 1911, deitada na sua cama e suspirando uma ultima pergunta…”para que lado fica Portugal ?”.
D. Afonso de Bragança, apesar de viver cada vez mais isolado, mantinha uma postura de interesse pela questão portuguesa tendo-se deslocado inclusive a Inglaterra para contactar D. Manuel II e alguns dos resistentes monárquicos, mas cada vez estava mais desiludido e voltava para Nápoles.

Dona Amélia de Orleans e Bragança, a rainha-mãe portuguesa, ficou inicialmente a viver em Londres, para estar próximo do filho em Inglaterra.
D. Manuel II casou com a Princesa Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmarigem, que ainda era sua parenta, uma vez que ambos eram bisnetos da Rainha D. Maria II e de D. Fernando.
O casamento decorreu no Castelo de Sigmarigem, no dia 4 de Setembro de 1913, com a presença de toda a família Orleans, incluindo o Conde de Paris e também de todos os membros da casa real inglesa, nomeadamente o Rei Jorge V e o Príncipe de Gales.
A missa nupcial foi celebrada pelo Cardeal Neto, também ele um refugiado de Portugal, vítima das primeiras perseguições eclesiásticas republicanas.
O casal passou a viver pacatamente, numa idílica casa de Fulfwell Park, situada na zona de Twickenham.
Essa casa tinha sido onde Dona Amélia tinha nascido e pertencia portanto à família Orleans.
Mas o rei continuou sempre atento à política portuguesa e ibérica, através da correspondência e de contactos com monárquicos portugueses e com frequentes contactos com o Rei de Espanha Afonso XIII.
Tinha como secretário pessoal o Marquês do Lavradio que também tinha seguido no cortejo do exílio e era seu representante em Portugal, Ayres d’Ornellas.
D. Manuel era um frequentador assíduo das corridas de cavalos de Ascot e também dos campeonatos de ténis de Wimbledon.
.D. Manuel foi um notável Bibliografo da Literatura portuguesa, tendo deixado uma obra de grande valor histórico e cultural.
Foi um activo e dedicado benfeitor da comunidade onde agora vivia.
A essa comunidade britânica que sempre o recebera de forma acolhedora, ele queria compensar participando activamente e de uma forma benevolente na vida social dessa comunidade britânica. Gostava de ler e de cultivar rosas numa estufa de vidro, que tinha mandado colocar no jardim da sua casa.
O casal não teve filhos, mas foram sempre muito unidos e amigos.



D. Afonso de Bragança, que era na linha da descendência o sucessor directo de D. Manuel seu sobrinho, morrera em Itália no ano de 1920, depois de ter criado antes um litígio com a casa real portuguesa e italiana, que condenaram o seu surpreendente casamento morganático em 1917, com uma americana chamada Nevada Stood Hayes Chapman.

D. Manuel aceita ainda em 1920, por influência e mediação de Paiva Couceiro, realizar encontro em Dover com D. Miguel de Bragança, filho e herdeiro do Rei D. Miguel I, em que reconhece neste, os seus direitos há herança dos seus títulos e pretensões após sua morte sem descendência.
Este encontro a que alguns chamam de pacto de Dover, foi um almoço entre os principais representantes da facções legalista e legitimista, que após o insucesso da Monarquia do Norte, tinham acentuado as suas divisões e radicalizado posições.
Houve um convénio anterior a este encontro e depois uma troca de cartas, que só foram abertas à posteriori. D. Manuel acabou por não aceitar os termos da carta de D. Miguel, pois o que estava referido na carta que abrira no comboio de regresso a Londres, não estavam de acordo com o acordado com o intermediário o Comandante Paiva Couceiro. Paiva Couceiro ao tomar conhecimento do conteúdo da carta confirma esta situação.
A questão dinástica, só ficará resolvida dois anos depois, com o Acordo de Paris, assinado por Ayres d’Ornelas como representante do Rei D. Manuel II e pelo Conde de Almada, Lourenço Vaz de Almada, em nome de D. Miguel de Bragança. É nesse acordo que fica reconhecido D. Duarte Nuno de Bragança, filho de D. Miguel, como herdeiro da coroa do reino de Portugal.

Dona Amélia que ficara em Londres numa residência alugada, tem problemas com os senhorios que não querem continuar a manter o contrato que tinham com a Rainha portuguesa.
Muda-se então para casa de seu filho, que já inúmeras vezes, tinha sugerido que ela vivesse com ele e sua mulher.
Dona Amélia porém não só não queria incomodar o filho, como tinha indicações médicas para não viver num clima tão húmido como o britânico.
Esta confirmação médica veio a convencer o filho a que seria melhor para ela ir viver para o Continente e foi quando Dona Amélia decidiu voltar ao seu país e procurar residência em Paris.
Em cartas enviadas para Portugal a Dona Maria de Menezes, sua amiga narra as dificuldades que lhe surgiram para encontrar casa na zona de Paris. Nessas mesmas cartas, ela narra que finalmente encontrara uma casa em Versalhes e que se iria mudar em breve.
Ao filho fez a promessa, que sempre cumpriu de voltar a Inglaterra, para passar algumas temporadas não apenas para estar com ele, mas também pelo reconhecimento que tinha pelo país e pela forma como os ingleses sempre a receberam e trataram.

A Casa de Versalhes seria a última residência de Dona Amélia e onde ainda passou as três últimas décadas de sua vida. Nela tinha todas as suas recordações da vida em Portugal. Livros, quadros, móveis, fotografias, cartas…que mantinha a recordação permanente da sua vivência como Rainha.
O Chateau de Bellevue era uma digna mansão que ainda hoje, ano de 2008, pode ser admirada na cidade de Versalhes.

A morte prematura e surpreendente de seu filho D. Manuel II, no ano de 1932, veio a modificar aquele hábito das deslocações a Inglaterra.
A última travessia da mancha que Dona Amélia fez foi precisamente para chorar o desaparecimento de seu filho.
O cruzador britânico “Concorde” traz os restos mortais de D. Manuel para Portugal, onde chega no dia dois de Agosto de 1932.
A rainha Dona Amélia não o acompanhou até à sua ultima morada ficando em Inglaterra e posteriormente regressando para Versalhes.
O Governo britânico teve interferência directa, negociando com o governo português o funeral do último Rei português.
Jaz em sepultura no Panteão dos Bragança, em S. Vicente.

Na sequência da invasão Alemã durante a segunda guerra mundial a mansão de Dona Amélia foi ocupada pelas tropas germânicas .
Oficiais germânicos insistiram em ficar com aquela casa e obrigaram Dona Amélia e os seus servidores a ocuparem apenas o segundo piso da casa, ficando eles instalados no resto da mansão.
Foi mais uma situação muito constrangedora que a Rainha teve de passar.
O Presidente do Conselho de Ministros português, Dr. António de Oliveira Salazar, informado da situação oferece à rainha a possibilidade de vir para Portugal.
Mandou mensageiros do corpo diplomático português falar directamente com a Rainha, que recusou a oferta do governo português. No entanto ficou sensibilizada com o interesse que finalmente um representante da República portuguesa demonstrava para com ela. Mas entendeu que não poderia aceitar a oferta e declinou o convite, com o argumento que se recusaria a abandonar as pessoas que com ela viviam.
Dona Amélia vivia assim na mesma casa que o General Bieneck, que porém nunca teve a ousadia de falar com a rainha ou tentar invadir os seus aposentos privados.
A situação era constrangedora e Salazar movimenta-se.
Portugal tinha o estatuto de país neutro na guerra mundial e foi isso que permitiu a estratégia delineada na Embaixada portuguesa de Paris, para cumprir a determinação de Salazar de resolver a situação demasiado embaraçosa da rainha portuguesa.
Salazar deu aval a essa estratégia.
Uma bandeira portuguesa foi colocada no portão da mansão de Dona Amélia por funcionários da Embaixada portuguesa em Paris.
A bandeira era a bandeira da Republica Portuguesa.
O Embaixador de Portugal reclama a mansão como parte integrante do território nacional e por consequência como território neutro.
O General Bieneck recebe instruções para abandonar a mansão de Bellevue, do quartel general das tropas ocupantes.
Não deixa de ser bizarra a situação.
A bandeira republicana tinha salvo a rainha portuguesa de uma situação muito penosa.
A Republica redimia-se da forma como a tratara. Ela reconhecia isso mesmo.
Mais tarde, terminada a guerra, Dona Amélia aceitaria vir a Portugal.
Ela também tinha muita ansiedade de vir visitar os túmulos dos membros da sua família. Era a última sobrevivente daquele ramo da família Bragança.
Muitos foram os portugueses de todo o país que fizeram questão de se deslocar a Lisboa para a cumprimentar.
Sentiu então algum conforto, esta rainha sofrida que viu morrer todos os seus familiares que tanto amava.

O Chateau de Bellevue ainda está intacto e bem conservado.
A rainha legou-o ao Estado francês, que aí instalou alguns serviços oficiais.
Na sua alta chaminé podem ainda ver-se unidas as “Armas Reais de Portugal e de França”.
No seu portão principal, está colocada uma placa que recorda: “Aqui viveu e morreu Amélia de Orleans e Bragança, rainha de Portugal e Princesa de França”.
A rua onde está situada a casa, recebeu o nome de Rainha Dona Amélia.
No seu enterro a bandeira da República, que estivera sempre içada desde que lá fora colocada, envolveu a sua urna.


José J. Lima Monteiro Andrade
Pessoas: o que realmente importa

Ser Português é ser sociável, caloroso, imaginativo, sentimental, aberto ao mundo.
É ser apaixonado por coisas novas, novas idéias.

É para se orgulhar de uma herança, sem qualquer traço de arrogância.

Acima de tudo, é fazer-se disponíveis.

Tecidos Nova Geração

Você sabia que 26 milhões de americanos dormem em lençóis Português?

E que Portugal é líder europeu de têxteis lar e é o terceiro maior exportador do mundo?

Marcas portuguesas se destacam devido a sua enorme inovação: tecidos inteligentes, tecidos que são retardantes de fogo, anti-bacterianos ou com propriedades terapêuticas e hidratantes.

Patricia Vieira

Friday 9 October 2009

O Rei apaixonado… pela Pátria e pela Rainha

O primeiro Rei Pedro, foi apaixonado por Inês, tudo tendo terminado no drama mais narrado da História de Portugal.
O último Rei Pedro, protagoniza também um belo romance de amor, que na época foi o exemplo para todo o povo, mas que nunca foi na prosa ou no verso, tão enaltecido.

D. Pedro V, foi dos Reis mais ansiados da História de Portugal, talvez apenas suplantado nesse desejo popular por D. Sebastião. Foi aclamado pelas Cortes no próprio dia em que completou dezoito anos de idade. A 16 de Setembro de 1855.
O belo Rei, filho primogénito de D. Maria II e de D. Fernando, era um belo e distinto jovem, cuja educação e princípios a todos impressionava. Adorava a sua família, em especial os seus nove irmãos. O seu carinho pelos irmãos está registado em variadíssima documentação e todos também tinham por ele adoração e respeito.
Desde a morte de sua mãe, no dia do parto do seu 11º filho, D. Pedro que tinha apenas dezasseis anos, partiu para a Corte da Rainha Vitória, preparando-se para ser um justo Chefe de Estado.
Das suas viagens pela Europa, D. Pedro escreve “Diário”-relatos das suas viagens, publicado pela Academia das Ciências (2 volumes), que é revelador do talento e perspicácia do jovem Príncipe, da sua cultura e simultaneamente uma riquíssima e interessante fotografia da Europa da sua época.
Foi na Corte vitoriana que se tornou amigo íntimo e confidente do Príncipe Alberto, marido da Rainha. Esta relação de confidência e amizade, perdurou ao longo da sua curta vida, a partir de então. O Príncipe Alberto era primo direito de D. Pedro, pois sua mãe era irmã de D. Fernando.
O Rei D.Pedro V, foi um Chefe de Estado consciente, sempre equilibrado perante a sua enorme generosidade e preocupação com o povo e o respeito pela legalidade estabelecida.
Um jovem com um enorme sentido de Estado e um interesse pela coisa pública que lhe exigia por dever de consciência tomadas de posição sensatas, mas de uma determinação incrível.
Ele que tinha sido o Rei tão ansiado, era agora o mais digno Chefe de Estado. Todo o povo, isso reconhecia e por isso o adorava, toda a classe política o sentia e por isso o respeitava.
Alguns excertos de cartas que enviou ao Príncipe Alberto dão-nos a exacta noção da sua sensibilidade política e do grau de intimidade dos dois primos…
“ Num país como Portugal, que há muito tempo tem sido governado pela intriga, eu não me podia imiscuir nos negócios públicos durante a Regência de meu pai. Portanto, até ao dia 16 de Setembro, tive o cuidado de me manter afastado de tudo e não perdi nada com isso.»
“ É verdade que o sistema de tolerância que foi característico de meu pai – e que se deve reconhecer não foi possível no tempo de minha mãe – fez coisa boa…”
«Mantive o mesmo Ministério, pois não podia começar o meu reinado queixando-me da orientação dada pela Regência…, devo agora começar o meu treino prático na política…. Até agora não tenho de me queixar por parte do meu pai. Aconteceu o que tinha previsto – ele já não se interessa pelos negócios públicos. Infelizmente Kessler & C.ª estão mais poderosos que nunca.”
“ …a visita ao Brasil ainda ocupa o primeiro lugar dos seus planos. Nada tenho a dizer contra isso, mas eu não gosto nada desta sua ânsia constante de romance.»
“ das três às cinco, saio sempre que possível, para um passeio a cavalo, durante o qual muitas vezes visito instituições públicas, quartéis, hospitais, etc. Isto mantém alerta os indolentes.» ( carta ao Príncipe Alberto 28 de Novembro de 1855)
“ como as minhas visitas nunca são anunciadas, posso estudar muito melhor as condições existentes. Há três dias achei os quartéis de artilharia num estado de porcaria verdadeiramente portuguesa e tive de exprimir a minha opinião sobre o assunto. Ontem fui ao fui a um hospital que encontrei em melhor estado e por isso tive de fazer elogios.”
“ …até pela seca que sempre me causou o ter de tirar o meu retrato…»
“ O Saldanha está incógnito em Paris e casou com uma inglesa que para isso se tornou católica.” ( confidencia ao Príncipe Alberto )
A determinação interventiva de D. Pedro V, está evidenciada em comunicações escritas que enviou ao Duque de Saldanha, quando este era Presidente do Conselho de Ministros.
Extratos de uma carta de onze páginas…
( O REI ainda não tinha completado vinte anos )
“ …o empréstimo negociado em Londres por Fontes Pereira de Melo, tem de ser renegociado…ele nos seus termos é absolutamente ruinoso para o país.”
“ sobre o concurso internacional para os caminhos de ferro é exigido que ele corresponda às regras de independência normais, o que não me parece ser o caso”
“ Lamento o tristíssimo espectáculo que a Câmara dos Pares está dando ao país, entrei numa análise da sua composição, considero prejudiciais as nomeações de Pares para fazer uma lei de que um Ministério faça depender a sua existência.»
“ O Duque viu como tratei esta questão tão séria…Sem rodeios…a maioria de hoje é a oposição de amanhã…ao governo pertence agora pela sua conduta corresponder.»
“ Peço pois ao Duque que tanto o que hoje lhe disse, como esta carta fiquem em segredo entre o Duque e os seus colegas somente. O contrário só poderia acarretar males. Julgo este segredo indispensável para sair bem desta situação.»
Posteriormente escreve a Saldanha, citando para esta decisão toda a legislação em vigor:
“ …não desejo autorizar medida alguma que não tenha estudado.»
Este jovem Rei, com uma personalidade forte e uma aparência distinta, era simultaneamente um Homem completamente apaixonado por uma mulher.
Casou com a Princesa D. Estefânia Hohenzollern-Sigmaringen. O casamento realizou-se em Dresden, por procuração a 18 de Maio de 1858.
D. Pedro só conheceu pessoalmente sua mulher, quando ela chegou com pompa e circunstância a Lisboa. As fotografias que tinham apreciado um do outro, que já tinham suscitado a simpatia, foram completamente apagadas da sua memória, pela imensa impressão causada no seu primeiro encontro.
Ambos estavam disponíveis para aprender a amar-se mutuamente, mas a paixão fulminou-os.
Confessava a Rainha…“ nós somos dois adolescentes…quando Pedro saiu para caçar durante três dias …trocamos correspondência escrevendo quatro cartas cada um. “
Em Sintra, tantas tardes podiam ser vistos a passear de braço dado, um jovem casal de namorados…que por serem tão evidentemente apaixonados, ninguém ousava incomodar, apenas sorrir e cumprimentar…eram o Rei e a Rainha.
Antes de morrer em Junho de 1859, a rainha Dona Estefânia pedia …
“consolem o meu Pedro”
O Rei escrevia a seu primo Alberto :
«… o meu coração aturdido e quebrado ainda não pode dizer quão profundamente eu adorava a minha querida Estefânea. A horrível desolação que me rodeia depois do desaparecimento da sua imagem é bastante para me mostrar o que perdi. Perante a ausência no presente, a memória recorda somente os encantadores e desaparecidos dias e o meu espírito inquieto luta constantemente para compreender o pleno significado da minha enorme tragédia. O que sentia pela minha Estefanea era mais do que amor; assemelhava-se a adoração…sem conforto, sem nada para distrair os meus pensamentos, faço frente à minha obrigação que se torna cada vez mais dura. O que me encoraja são as ultimas palavras da adorada que perdi : “ Vive para a tua mulher, ela estará sempre a teu lado.” »

Em Outubro de 1861, D. Pedro faz uma viagem fatídica ao Alentejo, acompanhado por seus dois irmãos D. Augusto e D. Fernando. Nessa viagem são infectados pelo Paludismo. D. Fernando é o primeiro a morrer, segue-se o Rei e posteriormente D, Augusto.
Os Infantes D. Luís e D. João que viajavam pelo estrangeiro regressam de imediato a Portugal. D. João também apanha a mesma doença e morre também.
No Natal desse ano acontecem tumultos em Lisboa, pois falava-se de assassínio em massa da casa Real. Foi então que José Estevão publicou a celebre frase…” É a anarquia da dor protestando contra o despotismo da morte”
O Funeral Real foi uma enorme manifestação da paixão do povo para com o seu jovem e culto Rei. Centenas de milhares de pessoas choravam à passagem do cortejo fúnebre.
Diz Bulhão Pato sobre o enterro de D.Pedro V…

“ Foi a primeira vez que vi Alexandre Herculano chorar como uma criança”

Em memória dos 150 anos do falecimento da Rainha D. Estefânia
Almeirim 9 de Outubro de 2009
José J. Lima Monteiro Andrade